António Costa ainda não deu como inteiramente perdido o regresso às escolas. A decisão está nas mãos dos técnicos de saúde que aconselham o Governo e o primeiro-ministro dará sempre primazia à opinião dos especialistas. Na próxima semana, quando a 9 de abril for reavaliada a situação, o líder socialista espera já ter todos os dados à disposição para tomar uma decisão. Mas existe uma linha vermelha: o dia 4 de maio é tido como o limite razoável para reabrir as escolas. Depois disso, sabe o Expresso, não fará sentido.
Esta foi uma das novidades da reunião que voltou a juntar as principais figuras do Estado e os peritos da Direcção-Geral de Saúde (DGS) e do Instituto Ricardo Jorge. A segunda que decorreu nestes termos e a mais importante para efeitos de balanço: completaram-se ontem, segunda-feira, quinze dias desde que as escolas foram encerradas, os mesmos quinze dias que correspondem ao período natural de incubação do novo coronavírus. Agora já é possível medir efeitos.
Um dos gráficos apresentados durante o encontro comprovava um ponto fundamental: a propagação do vírus entre jovens entre ou até 20 anos é muito elevada (a par dos idosos). Um dado que será sempre tido em conta quando o Governo decidir reabrir ou não as escolas. Já no sábado o Expresso dava conta que a reabertura das escolas a acontecer neste ano letivo poderia ser diferenciada: creches e 1º ciclo primeiro, depois as outras. Até porque é nestes casos que muitos pais se vêem obrigados a ficar em casa a cuidar das crianças.