O Houseparty, a aplicação social mais descarregada do momento — que junta videoconferências e jogos entre amigos —, está agora a enfrentar críticas relacionadas com a segurança. Em causa estão denúncias de contas pirateadas, dados roubados e até burlas. Através do Twitter, foram vários os utilizadores a reportar problemas em contas de Spotify, e-mail, Facebook e até bancos, dos quais terão sido desviados fundos. Ainda não foi possível verificar a veracidade das acusações.
Em Portugal, o Expresso sabe que está a circular uma mensagem semelhante através do WhatsApp. “Para todos os que têm houseparty: apaguem a conta e a aplicação. Está a ser hackeada, já conseguiram entrar na conta bancária de uma amiga e roubaram lhe €50, conseguem entrar na netflix, spotify, uber... no fundo entram nas vossas contas”, lê-se no texto que está a ser reencaminhado por vários utilizadores para amigos.
No centro de uma polémica sem precedentes, a empresa garante através do Twitter que “todas as contas da Houseparty são seguras — o serviço é seguro, nunca foi comprometido e não recolhe palavras-passe para outros sites”.
Até ao passado sábado, e depois da análise de vários analistas independentes de cibersegurança, várias entidades chegaram à conclusão que não existiam problemas de maior na app. Embora tivesse sido detetada uma ferramenta de partilha de localização, os responsáveis pelo Houseparty garantiram sempre que os dados eram anónimos. O facto de não ter acesso a pagamentos, por exemplo, jogava a seu favor.
QUEM CONTROLA O HOUSEPARTY
Criada pela Life on Air Inc. — depois de uma primeira experiência com a marca Meerkat —, é controlada pela Epic Games (do jogo “Fortnite”), empresa que conta com uma grande participação do gigante Tencent, grupo ao qual pertence a superapp social WeChat.