Superada a crise de saúde pública, António Costa estará por sua conta e risco. Mesmo num cenário de grande recessão económica, Rui Rio não quer sequer ouvir falar em bloco central. E a ideia de dar a mão ao Governo para fazer aprovar no Parlamento orçamentos de emergência não colhe simpatia do núcleo duro do líder. Tudo será avaliado a seu devido tempo, claro, mas a linha vermelha definida desde o início está ainda mais viva: a viabilização de qualquer Orçamento dependerá sempre de reformas estruturais profundas, algo que, acredita-se no PSD, Costa nunca aceitará.
Os dois — Costa e Rio — sempre disseram que um bloco central só existiria em circunstâncias muito excecionais. Mas, da teoria à prática, vai uma enorme distância. O socialista, sabe o Expresso, nem sequer quer pensar nisso neste momento. E o social-democrata só aceitaria pensar no tema mediante contrapartidas firmes, virando do avesso as prioridades económicas do Governo.
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