A Comissão Europeia anunciou esta terça-feira à tarde que as ofertas recebidas para a aquisição conjunta de equipamento de proteção individual (EPIs) cobrem cada um dos itens pedidos pelos 25 Estados-membros participantes e que em alguns casos "até supera" as quantidades solicitadas.
A compra conjunta lançada e coordenada pelo executivo comunitário inclui "máscaras tipo 2 e 3, luvas, óculos e fatos protetores e escudos de proteção de rosto".
Numa altura em que o número de casos de covid-19 continua a subir nos países europeus - e em que se multiplicam as queixas de profissionais de saúde sobre a falta de equipamento protetor - Bruxelas insta os Estados-membros a assinarem "rapidamente os contratos necessários", adiantando que os equipamentos pedidos "deverão estar disponíveis duas semanas depois de assinarem os contratos de oferta".
"Esta é a solidariedade da UE em ação e mostra que ser parte da União compensa", afirma a presidente da Comissão Europeia em comunicado. "O material deverá dar um alívio considerável a Itália, Espanha e a mais 23 países. Agora cabe aos Estados-membros assinarem rapidamente os contratos", apela Ursula von der Leyen.
Já o comissário com a pasta do Mercado Interno, Thierry Breton, considera que a iniciativa mostra "o poder de trabalhar em conjunto e de forma coordenada".
Portugal também participou na aquisição conjunta. As ofertas serão agora avaliadas e os contratos deverão ser assinados nos próximos dias. Questionada sobre as quantidades e equipamentos pedidos por Portugal, a Comissão Europeia responde que "não pode partilhar essa informação, uma vez que os contratos ainda têm de ser assinados com os Estados-membros".
O lançamento da compra da maioria dos equipamentos que agora receberam ofertas aconteceu há uma semana, com exceção da aquisição de máscaras, que foi inicialmente lançada a 28 de fevereiro.
Bruxelas diz que a iniciativa se mostrou "um sucesso" e que dá "maior segurança a hospitais, profissionais de saúde, lares e àqueles que precisam" deste equipamento para "se protegerem do vírus e limitar a sua propagação".
Estão também a decorrer mais duas compras conjuntas: uma para ventiladores e outra para material de laboratório.