Melhorar o rastreamento de redes de contágio, facilitar videochamadas entre médicos e doentes, criar uma rede de suporte a profissionais de saúde deslocados ou a pessoas que necessitam de ajuda para ir às compras ou à farmácia e criar um chatbot para tirar dúvidas sobre os apoios concedidos pelo Estado às empresas e cidadãos são alguns dos objetivos dos projetos que já estão a ser desenvolvidos pela tech4COVID19.
O movimento começou com conversas informais entre empreendedores mas, em menos de 24 horas, conseguiu juntar “229 pessoas (programadores, profissionais de marketing, gestores, designers, médicos e muito mais) de muitas das principais startups portuguesas”, escreve no Twitter o porta-voz do grupo Felipe Ávila da Costa, que acrescentava ainda estar à procura de pessoas com experiência em gestão de recursos humanos, comunicação, design e programação.
Atualmente, o tech4COVID19 conta com mais de 120 empresas e 600 pessoas de áreas como a cibersegurança, saúde, manutenção, recursos humanos, consultoria, comércio eletrónico, entre outras, tem neste momento 12 projetos tecnológicos em desenvolvimento – e em breve será lançada uma plataforma de acesso a todos.
Além dos projetos acima referidos, as soluções passam igualmente por acelerar a compra de material hospitalar e lançar um crowdfunding (financiamento colaborativo) para a sua compra, divulgar informação, recrutamento e coordenação dos profissionais de saúde e criar um sistema que permita aos cidadãos verificarem sintomas sem precisarem de ir ao médico.
O movimento já está em contacto com profissionais de saúde e entidades competentes, entre as quais a Direção-Geral da Saúde, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e as Administrações Regionais de Saúde, de forma a validar a sua contribuição e a perceber quais as necessidades reais do país.
“Há tanto talento, potencial e uma capacidade de fazer coisas tão grande dentro das startups portuguesas que a nossa motivação foi direcionar esse potencial para iniciativas que ajudassem toda a gente nesta fase difícil”, sublinha em comunicado Felipe Ávila da Costa, cofundador e presidente executivo da Infraspeak.