Coronavírus

Escolas começam esta sexta-feira a preparar-se para ensinar à distância

Ministério da Educação emite orientações a propósito da suspensão das aulas: avaliação do 2º período será feita no tempo normal e as refeições terão de ser garantidas aos alunos mais carenciados

O fecho oficial das escolas a partir do próximo segunda-feira vai obrigar a estabelecer novas formas de trabalhar com os alunos e será via telefone e/ou correio eletrónico que professores tentarão orientar o estudo, enviar materiais de trabalho e até avaliar os estudantes, já que tudo se fará à distância.

Esta sexta-feira seguiram as primeiras orientações do Ministério da Educação às escolas e ao princípio da tarde haverá reunião entre a tutela e as duas associações de dirigentes escolares.

O primeiro aspeto a garantir são os canais de comunicação e por isso, durante o dia de hoje, “professores titulares e diretores de turma devem garantir que têm o contacto eletrónico e telefónico de todos os encarregados de educação e/ou alunos”, lembra-se na nota às escolas.

Quanto a recursos e conteúdos educativos, o Ministério conta para já com a ajuda das duas maiores editoras – Porto Editora e Leya – que já anunciaram a disponibilização, de forma gratuita, das suas plataformas de e-learning. No final do conselho de ministros que apenas terminou esta madrugada, o ministro Tiago Brandão Rodrigues declarou também que há um “conjunto de atividades e ferramentas que irão ser desenvolvidas”.

O problema será garantir que todos têm condições em casa – computador, ligação à Internet de banda larga, eventualmente algum apoio dos adultos, consoante as idades – para pôr em prática esta nova forma de aprender, que acontecerá, pelo menos nas próximas duas semanas. Seguindo o calendário normal, as férias da Páscoa iniciam-se a 30 de marco e as aulas retomadas a 13 de abril.

Quanto à avaliação dos alunos, o Ministério confirma que será efetuada no período normal, “com base nos elementos disponíveis nesse momento (incluindo os ainda a recolher) e no caráter contínuo da avaliação”.

Durante o período de interrupção das aulas nas escolas, deve ainda ser mantido o fornecimento de refeições escolares aos alunos que recebem o maior apoio da ação social escolar (escalão A). Como há restrições à entrada nas escolas e outros equipamentos públicos, deve a escola, “em conjunto com as autarquia e os prestadores de serviço, encontrar a forma mais eficaz e segura de garantir a refeição”, lê-se na orientação do Ministério.

Já em relação à inscrição nos exames nacionais, cujo período já se iniciou, será definida uma forma de o fazer sem deslocação à escola.

Professores e funcionários continuam a trabalhar, com “reuniões e atividades de docentes a serem realizadas à distância, sempre que possível”, sublinha-se ainda.