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Coronavírus

Covid-19: Governo espera pico do surto em maio

Como António Costa decidiu impor restrições inéditas, apesar das incertezas

A crise poderá ser longa e a economia e as finanças, que aguentam este primeiro plano de ataque, ficarão presas por um fio

A partir de segunda-feira, meio país vai ficar em casa. Mas o Governo não sabe quando poderá acabar o estado de alerta, o encerramento de escolas, bares e discotecas, ou as restrições em zonas comerciais. A estimativa de pico de contágios com que o Executivo está a trabalhar é de dez semanas, cenário ainda ontem traçado também pelo diretor-geral da Saúde britânico. É com base nestes números que a DGS está ainda a afinar projeções que apontam assim para que o auge da crise só acontecerá na segunda semana de maio. E depois ainda será preciso esperar que o número de casos baixe o suficiente para que o fim do estado de alerta não desencadeie uma nova sequência de contágios. A crise poderá ser longa — é certamente imprevisível — e a economia e as finanças, que aguentam este primeiro plano de ataque, ficarão presas por um fio.

A meio destas semanas (o primeiro caso apareceu em Portugal no dia 2 de março), o Governo fará uma avaliação. A 9 de abril verá, por exemplo, se os técnicos já têm mais certezas sobre a eficácia deste tipo de isolamento ‘forçado’, e se o ritmo dos contágios no país se revelou menos forte como se espera. Nesta fase, no Executivo, as expectativas baixaram: na comunicação ao país, esta quinta-feira, António Costa avisou que “é muito provável que este possa ser um surto mais duradouro do que se possa ter estimado inicialmente”. Horas depois, Marcelo corroborou a mensagem.

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