Foi por menos de uma centésima que o Colégio São João de Brito, em Lisboa, destronou este ano o Nossa Senhora do Rosário, no Porto. Nos 300 exames ali realizados, os alunos conseguiram uma média de 13,90 valores, a mais alta de todas as secundárias do país.
Foi o culminar de uma escalada que, nos últimos três anos, transportou o colégio jesuíta do 6º para o 3º lugar e agora para o 1º. E será o fruto de um lema que impera na escola e entre os alunos: todos querem "mais e melhor", descreve o diretor, António Valente.
"É um desafio que eles colocam a si próprios. Não se dão por satisfeitos e tentam sempre superar-se." Além da qualidade dos alunos, António Valente acrescenta mais dois ingredientes à receita do sucesso. Por um lado, as famílias, a maioria de classe média/alta, que estão totalmente envolvidas no percurso académico dos filhos. Por outro, a qualidade e disponibilidade dos professores.
"Ao longo do ano, sempre que se deteta um grupo de alunos com mais dificuldades, cada professor organiza um tempo semanal de apoio extra", explica o diretor. E na altura dos exames, o acompanhamento é reforçado.
Com cerca de 1500 alunos inscritos, e apesar da enorme procura, o colégio tende a manter de ano para ano a mesma população escolar, já que a grande maioria inicia o percurso no pré-escolar ou 1º ciclo e continua até ao 12º.
As mensalidades variam entre 500 e 600 euros (com alimentação). Além do São João de Brito, a Companhia de Jesus colabora com o Colégio Pedro Arrupe (inaugurado em 2010 no Parque das Nações, em Lisboa) e que entrou logo para o 21º no ranking das secundárias.