Na segunda-feira, houve apagão; na terça-feira multiplicaram-se as críticas; e ao terceiro dia, o Governo partiu para o ataque. Confrontando por críticas à capacidade de resposta dos sistemas e à demora na comunicação, e por questões técnicas sobre as decisões tomadas, o executivo tentou esta quarta-feira mudar o foco da narrativa política em torno do apagão, com António Leitão Amaro a atacar a oposição e a queixar-se dos “oportunistas de uma desgraça que não aconteceu”, mas que “alguns parece que desejavam”.
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“Oportunistas da desgraça”, “maternidades” e jerricãs”, “comunicação” e “fake news”: o apagão deixou o Governo isolado no Parlamento
No debate pedido pelo PCP, a oposição criticou o Governo pela falta de preparação para eventos e fenómenos mais extremos do que o de segunda-feira e abordaram a soberania energética do país, mas o ministro da Presidência e o PSD defenderam-se nos elogios vindos de Espanha e atacaram os socialistas por questionarem a comunicação durante o apagão