Pelo menos 16 pessoas ficaram hoje desalojadas devido à queda da fachada lateral de um prédio antigo vizinho, na freguesia de São Vicente, em Lisboa, segundo os Sapadores Bombeiros. Oito dessas pessoas já tinham regressado a casa por volta do meio-dia, segundo revelou a Proteção Civil.
A queda da estrutura não causou vítimas, mas os habitantes de prédios vizinhos foram desalojados por as suas casas terem ficado sem condições de habitabilidade.
O edifício antigo que ruiu, pelas 03h00, situa-se na rua do Sol à Graça e estava a ser recuperado.
Neste acidente estiveram 10 elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, apoiados por três viaturas.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, informou que as equipas da Proteção Civil e dos Bombeiros Sapadores agiram imediatamente. “Chegámos 15 minutos depois do alerta. É importante sublinhar que não há vítimas nem pessoas em risco. O prédio em baixo tinha cinco agregados familiares; dois foram encaminhados e os restantes aguardam por solução temporária de alojamento”, explicou.
O autarca referiu que a Câmara iniciou uma vistoria estrutural, com a participação de engenheiros municipais, do regimento de sapadores, do empreiteiro responsável pelas obras e da Proteção Civil, entretanto finalizada e que concluiu que “não há segurança a nível de estabilidade estrutural” no prédio.
“Temos que identificar estruturalmente se há algum perigo para as pessoas regressarem às suas casas. O erro que foi cometido tem que ser identificado, e o empreiteiro terá de reforçar imediatamente as fundações”, afirmou.
Carlos Moedas acrescentou que há um caso semelhante registado recentemente, em Campo de Ourique, sublinhando a importância de prevenir acidentes futuros. As pessoas desalojadas terão acesso a alojamento temporário, incluindo hotéis, com apoio de organizações parceiras como a Santa Casa da Misericórdia.
O presidente da Câmara reforçou que a prioridade é garantir a segurança dos moradores. “Vamos acompanhar as pessoas e assegurar que podem regressar às suas casas com total segurança. Se não houver condições, permanecerão em alojamento temporário”, concluiu.
Metade dos desalojados regressou a casa
Por volta do meio-dia, a diretora do serviço municipal de Proteção Civil, Margarida Castro Martins, revelou que metade das 16 pessoas desalojadas já tinham regressado a casa e detalhou a situação das outras oito.
"Uma pessoa está em casa de familiares e as restantes sete serão realojadas pela Câmara Municipal de Lisboa, em contexto de emergência, até que se encontre uma solução mais duradoura ou até que o prédio volte a ter condições de segurança para que possam regressar às suas habitações", disse, enquanto fazia um ponto de situação à comunicação social.
De acordo com a Proteção Civil, será necessário avaliar, com mais tempo, que trabalhos são necessários para assegurar as condições de segurança e de habitabilidade. Até lá, a rua vai permanecer cortada “durante mais algum tempo, até que garantidamente não haja mais risco de derrocada”.
No terreno, começam agora os trabalhos de limpeza e remoção dos destroços. Só depois será possível perceber a origem da derrocada. “Ainda não temos informação sobre a causa”, disse Margarida Castro Martins.