O número de emigrantes portugueses que regressaram ao país mais do que duplicou nos últimos quatro anos, segundo dados da Coordenação do Programa Regressar, do Ministério do Trabalho, citados pelo Público. Em 2020 foram contabilizados 3677 regressos; em 2021 subiram para 4525 e em 2022 para 5486, até atingirem os máximos históricos de 8047 em 2023 e 8092 em 2024. Só nos primeiros sete meses de 2025 já regressaram 5787 portugueses e familiares, sinalizando que o ritmo de retorno deve manter-se elevado até ao final do ano.
A Suíça (4213), França (3290) e Reino Unido (2395) são os principais países de origem destes regressos, concentrando a larga maioria dos beneficiários, enquanto Brasil (570) e Espanha (532) surgem muito abaixo na lista. O perfil é sobretudo de jovens adultos em idade ativa, muitos com formação superior, a procurar reintegrar-se no mercado de trabalho português.
Regressos aumentam, mas saída de portugueses continua elevada
Em paralelo com este movimento de regresso, a emigração portuguesa mantém-se em números expressivos. Em 2022, cerca de 60 mil portugueses deixaram o país, com a Suíça a destacar-se como o principal destino — precisamente o mesmo país que lidera também a lista dos regressos pelo Programa Regressar.