O tom do debate parlamentar de quarta-feira não deixou dúvidas: no primeiro pacote legislativo que apresentou na segunda legislatura, foi para o Chega que o Governo se virou, à procura de aprovação das alterações à lei da nacio­nalidade e das regras para a entrada e permanência de imigrantes em Portugal. José Luís Carneiro vê cedências à agenda da extrema-direita e o primeiro voo do “planador” Luís Montenegro, inclinado para a direita do hemiciclo, pode comprometer entendimentos noutras áreas. A nova liderança do PS deixou dúvidas sobre a constitucionalidade de algumas das propostas do Executivo e apontou a quebra de um “consenso histórico” entre PSD, PS e CDS em relação à Lei da Nacionalidade.