Uma rua sem árvores, num dia de calor intenso, aquece mais do que uma outra ladeada por sombras verdes. O efeito está provado, incluindo com medições feitas em Lisboa por especialistas em alterações climáticas, reforçando o impacto dos espaços verdes no arrefecimento da urbe. É também a falta de árvores que explica, em parte, as ‘ilhas de calor’ em algumas zonas de Lisboa. A Baixa ou o Parque das Nações, ao fim do dia, numa onda de calor, chegam a estar entre 3,5˚C e 4,5°C mais quentes do que outras áreas periféricas. Lembrando que se trata de um problema de saúde pública e que os eventos extremos de calor vão ser ainda mais frequentes, os especialistas frisam a urgência de criar mais espaços verdes e sombras em Lisboa, encontrar soluções para as freguesias com maior escassez de vegetação e definir uma lista de refúgios climáticos onde a população se possa proteger do calor.
Exclusivo
Há duas ilhas de calor em Lisboa onde a falta de árvores contribui para um aumento da temperatura até 4,5 graus
Os investigadores pedem uma rede de refúgios climáticos para mitigar o problema. O projeto ainda está a ser desenvolvido pela Câmara Municipal de Lisboa