A confiança dos utentes nos serviços de saúde em Portugal é muito influenciada por fatores socioeconómicos. Quase dois terços das pessoas com rendimentos mais elevados (64%) confiam no sistema, enquanto que essa sensação é expressada por apenas 48% das que vivem com rendimentos mais baixos. Em ambos os casos, os valores são inferiores à média da OCDE e a diferença entre os dois grupos é uma das maiores entre os 19 países que participaram no estudo Patient Reported Indicators Survey, o maior inquérito mundial a utentes de serviços de saúde, apresentado esta quinta-feira pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).
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Só 48% das pessoas mais pobres confiam no sistema de saúde: não conseguir consulta ou ter diagnóstico tardio pesam na perceção
Portugal é um dos países da OCDE onde os rendimentos das pessoas com doenças crónicas mais influenciam a sua confiança nos cuidados de saúde e é o país onde o bem-estar entre mulheres e homens é mais desigual, conclui um inquérito internacional, que também identifica aspetos positivos no sistema português