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Medidas de recurso fazem reduzir alunos sem aulas, mas 30 mil vão para férias com um professor em falta

O 1º período não foi pior graças a horas extra e contratações de professores sem habilitações e de técnicos. Polémica com números de falta de docentes continua

Primeiro período terminou terça-feira, com milhares de alunos com professores em falta
José Carlos Carvalho

O primeiro-ministro garantiu que na semana passada, a 11 de dezembro, havia um total de 878 alunos que continuavam com um professor em falta e que não tinham tido qualquer aula a essa disciplina durante todo o 1º período, que terminou esta semana. Já a Fenprof, no balanço que apresentou quarta-feira ao primeiro trimestre do ano letivo, indicou que esse número seria mais do dobro e que rondava os 2 mil. Entre um e outro, e depois do erro já assumido pelo Ministério em relação à dimensão do problema dos alunos sem aulas no último ano letivo e da própria fragilidade do sistema de recolha de dados, é legítimo que subsistam dúvidas. Mas há algo que é certo: se não fosse o recurso cada vez mais frequente a medidas de exceção, haveria muito mais estudantes sem aulas. E são cerca de 300 mil os que já passaram por esta situação no 1º período, por um mínimo de três semanas, diz a Fenprof.