Sociedade

Já morreram 453 pessoas nas estradas portuguesas em 2024

Em distritos como Lisboa, o número de mortes em acidentes rodoviários entre 1 de janeiro e 15 de dezembro aumentou em comparação com o ano passado, segundo os dados da nova plataforma lançada pela ANSR. Campanha de segurança rodoviária para o período das festas já arrancou e estende-se até 5 de janeiro de 2025

Joao Carlos Santos

Desde o início deste ano, já morreram 453 pessoas em acidentes rodoviários em Portugal, segundo os dados disponíveis na nova plataforma da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), divulgada esta segunda-feira. O número é ligeiramente inferior ao registado no mesmo período do ano passado (459), apesar de terem aumentado os feridos graves e leves em 2024.

Comparando o número de mortes na estrada entre o dia 1 de janeiro e 15 de dezembro, é possível concluir que há alguns distritos do país onde a realidade se agravou este ano. É o caso do distrito de Lisboa, onde já morreram 54 pessoas em acidentes rodoviários. São mais do que no mesmo período do ano passado (43) e de 2019 (49), que é o ano usado como referência para as metas de redução das mortes nas estradas em Portugal.

Além de Lisboa, também em Bragança, Braga, Porto, Coimbra, Guarda, Leiria e Évora morreram já mais pessoas nas estradas em 2024 do que no ano passado. Pelo contrário, em Setúbal registaram-se menos 18 mortes e em todos os restantes distritos também houve descidas (na região da Madeira não houve alteração).

No total, desde o início do ano, já houve quase 135 mil acidentes rodoviários em todo o país (mais 2.900 do que no mesmo período de 2023). E desses embates resultaram 2550 feridos graves (mais 14) e 41.419 feridos leves (mais 306).

Com a aproximação do período de festas de Natal e Ano Novo, que gera maior circulação automóvel no país, a ANSR lançou também esta segunda-feira a campanha de segurança rodoviária que se estende até 5 de janeiro de 2025 e procura sensibilizar a população para o problema, lembrando que, em média, morrem 600 pessoas por ano nas estradas e mais de 2 mil ficam gravemente feridas.