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Portugal e Espanha passam a poder captar cada um 60 mil milhões de litros de água no Guadiana e desta vez a fatura é para pagar

Com o tema central “água, um bem comum”, os governos dos dois países acordaram um caudal mínimo diário de um hectómetro cúbico (hm³) a entrar no Tejo português e a possibilidade de cada um captar 60 hm³ por ano no Guadiana. As prometidas pontes entre os dois países, em Nisa e Alcoutim, também vão avançar

O projeto de captação de água no Pomarão (Guadiana) aguarda por aprovação ambiental
Ana Baião

Portugal e Espanha assinaram, esta quarta-feira, o que chamam de “acordo histórico” para repartir a água do Tejo e do Guadiana no âmbito da 35.ª Convenção de Albufeira, que estabelece as regras de gestão das cinco bacias dos rios ibéricos. As bases do acordo tinham sido alinhavadas num pré-acordo firmado há perto de um mês, em Madrid, pelas ministras que tutelam o Ambiente nos dois países, Maria da Graça Carvalho e Teresa Ribera. Agora obtiveram a assinatura formal dos dois chefes de Governo, Luís Montenegro e Pedro Sanchez, no âmbito da 35.ª Cimeira Ibérica, realizada em Faro, no Algarve.