Há um caminho possível para dar uma nova vida às terras abandonadas no continente europeu e contribuir para o alcance da meta de proteção e classificação de 30% das áreas terrestres,10% de forma restrita, como almejado pela Estratégia Europeia da Biodiversidade, aprovada em 2020 e que marca passo. E esse caminho passa pela renaturalização ou rewilding de 25% das paisagens. Esta é a principal conclusão do artigo científico “Expanding European protected areas through rewilding” ("Expandindo as áreas protegidas europeias através da renaturalização"), publicado esta quinta-feira, 15 de agosto, na revista científica “Current Biology”.
“Cerca de 117 milhões de hectares de território com áreas contíguas sujeitas a reduzida pressão humana na Europa, que correspondem a 25% do território, têm teoricamente condições para o desenvolvimento de projetos de renaturalização”, sublinha ao Expresso o principal autor do artigo, o biogeógrafo Miguel Bastos Araújo.