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Portugal contraria tendência da OCDE: foi um dos dois países onde a fecundidade aumentou em 2022

Apesar do aumento recente da natalidade empurrado pela imigração, o número médio de filhos por mulher em Portugal mantém-se abaixo da média da OCDE e longe do necessário para substituir gerações. Relatório “Society at a Glance” frisa que os custos da habitação são um dos fatores que influenciam negativamente a decisão de ter filhos e que os países com mais jovens a viver em casa dos pais também são dos que têm os níveis de fecundidade mais baixos

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O número médio de filhos por mulher voltou a aumentar pelo segundo ano consecutivo em Portugal, contrariando o que tem acontecido na generalidade dos países. Segundo o relatório “Society at a Glance”, divulgado esta quinta-feira pela OCDE, entre 33 países, só dois tiveram um aumento da fecundidade em 2022: Nova Zelândia e Portugal.

Apesar da melhoria, acompanhada por um aumento da natalidade alavancado pela imigração, a fecundidade em Portugal continua abaixo da média da OCDE (1,5) e longe do necessário para substituir gerações (2,1). Entre 2021 e 2022, subiu de 1,35 para 1,43 filhos por mulher - e voltou a aumentar para 1,44 em 2023, segundo os dados divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).