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“Os sintomas de ansiedade funcionam pela lei da gravidade: sobem, mas terão de descer, o que significa que acabam por passar”

Os ataques de pânico são comuns. Cerca de 30% dos portugueses já tiveram pelo menos um episódio destes. Mas há técnicas e estratégias que podem ser usadas para diminuir os sintomas e prevenir o aparecimento de crises, explica Miguel Ricou, psicólogo, professor e investigador na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Esta terça-feira assinala-se o Dia Internacional do Pânico

Miguel Ricou é psicólogo e presidente do Conselho de Especialidade de Psicologia Clínica e da Saúde da Ordem dos Psicólogos Portugueses
D.R.

Os ataques de pânico podem ter um impacto devastador na vida das pessoas. Uma das consequências mais graves é o evitar de situações que se acredita poderem desencadear uma crise, por associação aos ataques prévios, o que pode resultar em isolamento social, dificuldades no trabalho, limitações nas deslocações e um impacto negativo nos relacionamentos íntimos e familiares.

“Na verdade, a pessoa pode começar a orientar a sua vida em função dos possíveis ataques de pânico e colocar em segundo plano tudo o resto”, explica Miguel Ricou, psicólogo, professor e investigador na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e presidente do Conselho de Especialidade de Psicologia Clínica e da Saúde da Ordem dos Psicólogos.