Em meados de maio, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) alterou os procedimentos administrativos de legalização de imigrantes e passou a pedir o pagamento do processo antes mesmo do atendimento presencial. Foram enviados emails a cerca de 200 mil imigrantes, a informá-los da cobrança e do prazo limite de dez dias úteis, sob pena de verem o seu pedido anulado.
O Expresso sabe, que em apenas três semanas, esta mudança levou à entrada de €30 milhões de euros no cofres da Agência, não sendo conhecido o número exato de cidadãos estrangeiros que procederam ao pagamento.
Esta receita extraordinária vai agora ajudar o Governo a por em prática o Plano de Ação para as Migrações, apresentado esta segunda-feira à tarde pelo ministro da Presidência, Leitão Amaro. Orçado em cerca de 70 a 80 milhões de euros, vai buscar a maior fatia do bolo a fundos comunitários, relacionados com as migrações e as fronteiras. O esforço adicional para o Orçamento de Estado não deverá ultrapassar os €15 milhões.