Foi expulso da Mocidade Portuguesa, companheiro de Salgueiro Maia no colégio de Tomar, fez três comissões na Guerra Colonial e, quando se ofereceu para ir para a Guiné, em 1972, tinha decidido que depois disso abandonaria a carreira militar por acreditar que a única solução para a Guerra Colonial era política. Foi um dos primeiros capitães a participar na conspiração que levou ao 25 de Abril, estava na Guiné nesse dia e, no 25 de novembro de 1975, na Alemanha “com o Adelino Gomes a fazer palestras em várias universidades” sobre a Revolução. Em 1982, entregou as condecorações de guerra, após o Conselho da Arma de Cavalaria ter considerado que não reunia condições para ser promovido. O parecer não foi homologado por Garcia dos Santos e foi promovido.
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Matos Gomes (1946-2025): “Nós portugueses recebemos bombons no 25 de Abril e comemo-los todos. Depois, refilámos com quem os distribuiu”
Carlos de Matos Gomes foi um dos primeiros militares a participar na conspiração do 25 de Abril de 1974. Fez três comissões em África, duas delas a comandar uma companhia de Comandos africanos. O último romance deste ‘capitão escritor’, “Geração D”, fala da geração de militares que acabou com a ditadura do Estado Novo. O Expresso republica esta entrevista no dia em que Matos Gomes morreu