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Avaliação europeia revela que é a esquerda quem mais "protege o ambiente”; direita está entre o grupo de “pensadores pré-históricos”

Nos últimos quatro anos, apenas uma minoria de deputados no Parlamento Europeu defendeu medidas para proteger o clima e a natureza e para reduzir a poluição na União Europeia, de acordo com uma avaliação divulgada esta segunda-feira. No caso português, o eurodeputado independente Francisco Guerreiro foi o que mais se destacou pela positiva. PSD rejeita a má nota.

O independente Francisco Guerreiro, que está no grupo dos Verdes Europeus, é o eurodeputado melhor classificado pelos ambientalistas na apresentação e aprovação de propostas em defesa do ambiente e da ação climática, entre 2019 e 2024
Alexis HAULOT

Cinco organizações ambientalistas europeias – BirdLife Europe, Climate Action Network Europe, European Environmental Bureau, Transport & Environment e Gabinete de Política Europeia da WWF que integram várias das associações ambientalistas portuguesas – fizeram uma análise à prestação dos eurodeputados com assento no Parlamento Europeu e constataram que “apenas uma minoria agiu para proteger o clima e a natureza e para reduzir a poluição na União Europeia, durante o mandato de 2019 a 2024”.

Numa pontuação de 0 a 100, na forma como votaram nos dossiers políticos relacionados com a transição climática socialmente justa, a natureza, a economia circular e a transição para a poluição zero, os mais bem qualificados na categoria de “protetores” foram os eurodeputados do grupo Verdes e da Aliança Livre Europeia com 92 pontos, a Esquerda com 84 pontos e a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas com 70 pontos.