Em oito anos, mais do que duplicaram os pareceres sobre pedidos de pais e mães para trabalharem com horário flexível ou a tempo parcial em prol do apoio a um filho com deficiência ou doença crónica ou recém-nascido. O número atingiu o maior valor de sempre no ano passado (ver gráfico), com 1139 pareceres dados pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) às empresas — 183 (16%) referentes a pedidos de pais e 956 (84%) de mães. Estes pedidos só são objeto de parecer por parte da CITE quando existe recusa (ou intenção de recusa) por parte do empregador em conceder o direito ao trabalhador. No entanto, são uma amostra da desigualdade que existe entre os progenitores na altura de escolher quem fica mais livre para o cuidado.
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Mães responsáveis por 84% dos pedidos de fiscalização sobre horários reduzidos para cuidar das crianças
Dos pedidos de fiscalização que chegaram à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, só 16% eram de homens, o que acaba por ser um espelho do que acontece com as reduções de horário concedidas. Mulheres são também as mais penalizadas: 90 processos de despedimento de grávidas travados em 2023