Os fios foram sendo puxados durante mais de um ano de investigação e o resultado levou à constatação de que mais de 800 mil toneladas de algodão, colhido em extensas propriedades do Cerrado brasileiro, têm na sua base a desflorestação, a usurpação de terras e violência, e acabam transformadas em t-shirts, jeans ou meias nas lojas de moda rápida ou fast fashion de grandes marcas europeias, como a Zara e a H&M.
“Crimes da moda: a ligação dos gigantes do retalho europeu ao algodão ‘sujo’ vindo do Brasil” é o título do relatório, que resulta da investigação desenvolvida pela organização não governamental britânica (ONG) Earthsight, que se dedica a expor a criminalidade e a corrupção ligadas a mercadorias consumidas na Europa e no mundo.