As mulheres têm mais ansiedade, mais depressão, mais stress pós-traumático, mais perturbações do comportamento alimentar e mais alzheimer. São a violência e as relações abusivas, assim como a pobreza e as más condições de trabalho, entre outros fatores, que fazem delas um grupo vulnerável. No momento em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, Maria João Avelino, psiquiatra e coordenadora clínica da Unidade de Psiquiatria Comunitária de Mafra, do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, traça um retrato da saúde mental das mulheres e avisa que, apesar dos “esforços” feitos para o desenvolvimento de estratégias de promoção da saúde mental e tratamento da doença, “há ainda um longo caminho a percorrer”. “Não podemos ignorar que persistem desigualdades de género, discriminação e iniquidade de tratamento e oportunidades entre homens e mulheres.”