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Campanha da Santa Casa ‘angaria’ 150 novas famílias de acolhimento. Mas são precisas muitas mais

Número atual ainda é insuficiente para impedir o internamento de crianças com menos de seis anos (prioritárias) em instituições – há 220 só no distrito de Lisboa. O objetivo é chegar a uma bolsa estável de 250 famílias, em 2030. “É preciso criar esta cultura”

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Em janeiro, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) lançou uma campanha para captar novas famílias de acolhimento que estejam dispostas a receber temporariamente crianças que, por se encontrarem em perigo ou desproteção, foram retiradas aos pais. Em outdoors, autocarros, multibancos, folhetos nos jornais e anúncios vários, um menino surge a dormir agarrado a um urso de peluche. Em letras pequeninas, uma frase contamina a ternura do retrato: “Em Lisboa, há mais de mil crianças em situação de risco.”