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“Se se embalasse todo o lixo em contentores, colocados de ponta a ponta na linha do equador, dariam a volta à Terra 25 vezes”, alerta a ONU

Relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) alerta para os custos ambientais, económicos e para a saúde da crescente multiplicação e má gestão de resíduos urbanos que, prevê-se, pode aumentar 65% até meados do século. Até final do ano ONU quer ver aprovado um tratado para reduzir os plásticos no mundo

Carmen Martínez Torrón

No mundo, são produzidos por ano 2,3 mil milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, que resultam das embalagens e produtos que consumimos, sejam alimentares ou de outros bens de consumo como móveis, eletrodomésticos, entulho de obras e desperdícios de tudo o que descartamos.

“Se se embalasse todo este lixo em contentores de transporte normais, colocados de ponta a ponta na linha do equador, dariam a volta à Terra 25 vezes”. A imagem é descrita no relatório “Para além da era dos resíduos: Transformar o lixo num recurso”, apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), na reunião de alto nível da ONU dedicada ao Ambiente (UNEA 6) e que decorreu na semana passada em Nairobi, no Quénia.

O relatório “Panorama Global de Resíduos em 2024” (Global Waste Management Outlook), elaborado por esta entidade da ONU em parceria com a Associação Internacional de Resíduos Sólidos (conhecida pela sigla ISWA), alerta para a projeção de aumento em 65% da produção de lixo urbano à escalal global (pode chegar a 3,8 mil milhões de toneladas) até meados do século.