No mundo, são produzidos por ano 2,3 mil milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, que resultam das embalagens e produtos que consumimos, sejam alimentares ou de outros bens de consumo como móveis, eletrodomésticos, entulho de obras e desperdícios de tudo o que descartamos.
“Se se embalasse todo este lixo em contentores de transporte normais, colocados de ponta a ponta na linha do equador, dariam a volta à Terra 25 vezes”. A imagem é descrita no relatório “Para além da era dos resíduos: Transformar o lixo num recurso”, apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), na reunião de alto nível da ONU dedicada ao Ambiente (UNEA 6) e que decorreu na semana passada em Nairobi, no Quénia.
O relatório “Panorama Global de Resíduos em 2024” (Global Waste Management Outlook), elaborado por esta entidade da ONU em parceria com a Associação Internacional de Resíduos Sólidos (conhecida pela sigla ISWA), alerta para a projeção de aumento em 65% da produção de lixo urbano à escalal global (pode chegar a 3,8 mil milhões de toneladas) até meados do século.