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"Nunca vamos vender os dados dos nossos utilizadores", garante responsável da Worldcoin

Em entrevista ao Expresso, Ricardo Macieira, diretor regional para a Europa da empresa Tools for Humanity, que lançou a Worldcoin, explica os objetivos do projeto, “bastante disruptivo”, e rebate as críticas que têm sido levantadas um pouco por todo o mundo

Ricardo Macieira, diretor regional para a Europa da empresa Tools for Humanity, que criou a Worldcoin
Inês Ventura

Qual é o objetivo da WorldCoin?

A WorldCoin surgiu há cerca de quatro anos com o objetivo muito claro de tentar resolver o problema de como distinguir um humano de um bot no mundo digital. Todos sabemos que somos humanos, mas conseguir comprová-lo no mundo digital é um desafio. As soluções que foram apresentadas até agora não são as ideais. Por exemplo, a solução encontrada pelo Twitter, que tem um problema muito sério com os bots, foi fazer as pessoas pagar para provar que são humanos. As pessoas tem de pagar 9 dólares por mês à plataforma, o que implica que tenham de ter um cartão de débito ou crédito, logo uma conta bancária e documentos. Ou seja, são muitos os bloqueios criados pelo Twitter para que uma pessoa possa provar que é humana e, todos juntos, acabam por excluir uma percentagem muito alta da população. Para nós, não parece justo que uma pessoa tenha de passar por todos estes processos para provar que é um humano, pelo que começámos a desenvolver esta tecnologia.

Como é que funciona?