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Sociedade

Quase 60% dos professores têm 50 ou mais anos

Relatório do Conselho Nacional de Educação considera que a falta de professores nas escolas e as dificuldades de renovação podem “condicionar a qualidade da educação” e são uma das questões mais “desafiantes” para o poder político. A “crise” não é um exclusivo nacional, mas o contexto é “mais preocupante” em Portugal do que na média dos países europeus

O envelhecimento da classe docente e a falta de atratividade de alguns cursos de ensino continuam a ser problemas destacados na publicação anual do Conselho Nacional de Educação dedicada ao sistema educativo. Os números falam por si: em 2013, 28% dos docentes tinham 50 anos ou mais; em 2018, essa taxa subiu para 47% (quando a média dos países da OCDE era de 34%); e em 2021/22, já se aproximava dos 60% (com exceção do 1º ciclo, onde o envelhecimento é menos sentido). Ou seja, em dez anos, a percentagem de professores com mais de 50 anos duplicou. Por outro lado, em 2022, houve mestrados em ensino que continuaram a ver os seus diplomados diminuir e que inclusivamente não formaram nenhum aluno.