Os agricultores e as polícias saíram às ruas mal se iniciou o ano e já em contagem decrescente para as legislativas de 10 de março. Entre estradas cortadas, jogos de futebol adiados e uma onda de baixas médicas, os protestos chamaram a atenção pela perturbação causada e pelo receio de que a contestação subisse ainda mais de tom. Outra coisa os ligava: nasceram de grupos inorgânicos, anónimos e fora da esfera dos sindicatos. Em pouco tempo, o Movimento Cívico de Agricultores, que agregou cinco mil membros, e o INOP (o nome é inspirado na ação de dezenas de agentes da polícia que deram como inoperacionais diversos carros-patrulha) conseguiram pôr o país a debater os problemas das respetivas classes.
Exclusivo
Mais ágeis e mais independentes, os movimentos inorgânicos estão a tomar a 'rua' aos sindicatos?
Ações de protesto dinamizadas por movimentos inorgânicos são cada vez mais comuns. A internet ajuda