Sociedade

Onda de calor em janeiro foi a “mais significativa” desde 1941

A partir do dia 22 e até ao final do mês, registaram-se valores de temperatura “muito superiores” ao valor médio mensal, assinala o IPMA. O número de dias quentes consecutivos, que se prolongaram até fevereiro, e a extensão no território levam o instituto a considerar esta onda de calor “a mais significativa observada no mês de janeiro” desde que há registos

chuchart duangdaw

As ondas de calor em Portugal no mês de janeiro são muito pouco frequentes, começa por assinalar o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Das cerca de 60 estações meteorológicas analisadas desde 1941, três quartos nunca registaram uma onda de calor neste mês. Mas este ano, a situação foi bem diferente.

A partir do dia 22 e até ao final de janeiro, “cerca de 30% das estações” monitorizadas pelo IPMA no continente registaram estes períodos de um mínimo de seis dias consecutivos com temperaturas pelo menos 5ºC acima da norma para o mesmo período (definição de onde de calor), abrangendo locais da região Norte e Centro. O relatório destaca o dia 24, com uma temperatura média máxima do ar de 20ºC no continente.

“Esta onda de calor iniciada em janeiro prolongou-se para o mês de fevereiro e pela sua extensão espacial e temporal, pode ser considerada a mais significativa observada no mês de janeiro, desde 1941”, lê-se no comunicado do IPMA publicado no site do instituto este sábado.

Da análise feita pelo IPMA, constata-se que o maior número de dias em onda de calor registados já este ano verificou-se na estação das Penhas Douradas (13 dias no período entre 21 de janeiro e 2 de fevereiro), seguida de Viseu, Cabril e Dunas de Mira, todas com 11 dias.

No ano passado houve sete ondas de calor em Portugal, mas a primeira registou-se apenas em abril. A última foi em outubro.