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Sociedade

2024: a luta dos médicos continuará

O próximo ministro da Saúde terá uma pasta difícil para gerir com a insatisfação dos médicos e a pressão sobre o SNS

Rui Oliveira

Se há certeza que fica de 2023 é que os médicos ficaram pouco satisfeitos com o entendimento conseguido entre o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e o ministério liderado por Manuel Pizarro. Por várias vezes apelidado de “acordo possível”, este dá aos médicos um aumento entre os 11% e os 15% (cerca de 500 euros) — enquanto que os aumentos gerais da Função Pública serão entre os 3% e os 7% (pouco mais de 50 euros).

Em janeiro, como em todos os inícios de ano civil, as horas extras dos médicos voltam a zero. Por essa razão, haverá uma interrupção no protesto que tem levado médicos a recusarem-se a fazer mais do que as 150 horas extras obrigatórias. Mas o movimento cívico Médicos em Luta já prometeu voltar à contestação assim que o saldo dessas horas estiver gasto, o que, para algumas especialidades e zonas do país, deverá coincidir com a entrada em funções do novo Governo.