Enquanto nos bastidores da Cimeira do Clima as negociações prosseguiam, a Aliança para Além do Petróleo e do Gás, da qual Portugal faz parte, e o Plenário dos Povos, organizado por várias organizações da sociedade civil, frisavam esta segunda-feira que não há outro caminho para evitar a catástrofe que não a eliminação dos combustíveis fósseis.
Porém, no rascunho do primeiro balanço global no âmbito do Acordo de Paris (conhecido como Global Stocktake), proposto a 11 de dezembro pela presidência da COP28, essa ambição não constava. Apresentado pelo staff de Sultan Al- Jaber – ministro da Indústria e CEO da petrolífera Adnoc dos Emirados Árabes Unidos e presidente da COP28 – como “um texto que reflete as ambições e constitui um enorme passo em frente” que deixava nas mãos das partes “fazer o que é melhor para a humanidade e o planeta”, o texto acabou por ser chumbado.