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Sociedade

Caso das gémeas. O que já se sabe e o que ainda está por esclarecer

MP abriu inquérito no dia em que a PGR foi a Belém. Gémeas foram tratadas no mesmo intervalo temporal que as duas primeiras bebés assistidas em Portugal

Ministério Público abriu uma investigação ao caso do tratamento das gémeas lusodescendentes no dia em que a procuradora-geral da República foi ao Palácio de Belém falar com Marcelo sobre a operação que levou à demissão de António Costa. Ao Expresso, o neuropediatra que durante um mês e meio trocou e-mails com a família e recusou o tratamento no Dona Estefânia explicou que instruiu a família, através dos advogados, a contactar o ministério ou o secretário de Estado da Saúde para tentar aceder ao tratamento.

O MP abriu um inquérito ao caso a 7 de novembro, quatro dias depois da notícia da TVI. Nesse mesmo dia rebentou a Operação Influencer, que levou à demissão de António Costa e provocou uma agitação fora do comum no Palácio de Belém. A procuradora-geral da República, Lucília Gago, esteve com Marcelo Rebelo de Sousa nessa manhã e não é certo que tenha informado o Presidente sobre a abertura do inquérito que corria no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, dirigido pela procuradora-geral-adjunta Maria de Lurdes Lopes. O caso terá sido entregue a uma outra procuradora especializada na investigação de crimes económicos e, segundo um comunicado da PGR divulgado a 24 de novembro, “por ora, não corre contra pessoa determinada”. O crime em causa será o de tráfico de influência.