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Portugal passou dos piores para estar melhor que a média europeia e reduziu em 68% as crianças a viverem com graves privações

A taxa de pobreza infantil ainda é assinável, mas a mudança desde que o fenómeno começou a ser avaliado em Portugal pela UNICEF é bastante significativa. “O que de melhor Portugal tem feito é melhorar. E, por isso, é preciso congratular, ao mesmo tempo, é preciso incentivar a chegar ao próximo nível”, sublinha o diretor do Centro de Investigação Global daquela instituição. Os dados mais recentes, de 2022, mostram que a situação portuguesa já está melhor do que a média europeia

Jasmin Merdan/Getty Images

“As boas notícias” começam com uma “história menos positiva”. É assim que Bo Viktor Nylund, diretor do Centro de Investigação Global da UNICEF começa falar da situação portuguesa retratada no “Report Card 18 - pobreza infantil nos países ricos”, divulgado esta quarta-feira pela UNICEF, o fundo das Nações Unidas para a Infância. É preciso recuar ao começo do século para recordar que Portugal se encontrava no fundo, ranking no que toca à percentagem de crianças a viverem na pobreza. Em 2022, não só já alcançou a média europeia como a ultrapassou.