João Machado, Kamal Mansinho e Maria José Campos eram jovens médicos, ainda internos, nos hospitais Curry Cabral e Egas Moniz, em Lisboa, quando em 1983 surgiu oficialmente o primeiro caso de VIH em Portugal, um cabeleireiro emigrado no Canadá, expulso de volta ao país de origem quando deu positivo no teste de Sida. Nunca mais largaram a doença, evoluíram profissionalmente com ela, desde os dias em que dava morte certa, sem qualquer terapêutica que a pudesse travar, até se tornar crónica, indetetável e intransmissível com apenas um comprimido diário.