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Operação Influencer: Ministério Público quer partir investigação para evitar um megaprocesso “ingerível”, PJ pode entrar em campo

Porque é que a Judiciária não esteve nas buscas? O que separa o DCIAP da força policial liderada por Luís Neves? Que histórico há entre as duas instituições? O que pretende o Ministério Público fazer com a investigação ao caso do lítio e do hidrogénio?

Luís Neves, à esquerda, lidera a PJ que por enquanto está fora da Operação Influencer. Procuradora-geral da República Lucília Gago quebrou o silêncio sobre o caso que fez cair o Governo
FOTomontagem expresso

A Polícia Judiciária poderá ser chamada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) para trabalhar em conjunto com os três procuradores que lideram a investigação ao alegado tráfico de influências e pressão sobre elementos do Governo e do gabinete de António Costa para desbloquear o projeto milionário do data center de Sines.

As buscas do dia 7 de novembro à residência oficial do primeiro-ministro ou à casa do então ministro das Infraestruturas João Galamba contaram com a colaboração de agentes da PSP que trabalham diretamente para o Ministério Público no DCIAP. Mas agora discute-se a possibilidade de o inquérito da Operação Influencer passar para as mãos da polícia liderada por Luís Neves. “Seria um reforço para a investigação contar com o know-how dos operacionais e com a tecnologia da Judiciária”, conta ao Expresso uma fonte judicial. Nos últimos dias esta hipótese está a ganhar forma, e há um conjunto de informações que facilitariam a convergência.