Nos últimos relatórios sobre sinistralidade, uma das explicações para o número de acidentes é o aumento da circulação automóvel, medida através do consumo de combustível e do tráfego nas autoestradas. Nos primeiros seis meses deste ano, não só foram ultrapassados os níveis pré-pandemia, como se alcançaram recordes de uma década e foi retomada a rota de crescimento que vinha de trás.
Os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) mostram que o consumo de gasolina e de gasóleo rodoviário neste primeiro semestre foi o mais alto desde 2010, mesmo tendo em conta o aumento do preço dos combustíveis. Esse recorde de mais de uma década é também referido pelo Governo no relatório do Orçamento do Estado para 2024. É que, depois da queda provocada pela pandemia entre 2020 e 2022, os primeiros meses deste ano voltam a dar continuidade ao aumento que se verificava desde 2014, na recuperação da anterior crise durante a troika.