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"Senhorio não é profissão": a manifestação pela habitação também foi contra a banca, empresas e até turistas

Hermínia, reformada, viu a renda aumentar cerca de 300 euros em três anos; Ivania vive entre pensões com os seus cinco filhos. As suas histórias são apenas duas das muitas que desciam a Almirante Reis, em Lisboa, a pedir que se cumprisse o direito inscrito na constituição, a habitação. A emergência climática também esteve presente, mas mais esquecida

NUNO BOTELHO

“Casa é um direito”, “STOP despejos”, “As rendas sobem, mas os salários não”. As frases repetiam-se, em fórmulas diferentes, nos cartazes que desciam a Avenida Almirante Reis a partir da Alameda, em direção à praça do D. Pedro IV (Rossio), na manifestação pelo direito à habitação e pela emergência climática que se realizou este sábado em Lisboa e noutros pontos do país. Com os cartazes nas mãos, milhares de pessoas entovam gritos em plenos pulmões - “casa para morar, não para especular” e “enterrar os senhorios com combustíveis fósseis” eram alguns dos mais ouvidos na linha da frente.