Ao percorrer as ruas empedradas de Seixo da Beira é difícil acreditar nos números dos Censos, que contabilizam 1369 habitantes. A vila, situada a norte de Oliveira do Hospital, está quase deserta e só uns poucos idosos circulam, em passos vagarosos e protegidos pelos chapéus de chuva. Talvez por ser uma segunda-feira de manhã, nem os dois minimercados atraem muita gente. Os poucos clientes levam groselhas no saco de plástico e cochicham sobre o assunto dominante das últimas semanas: os seus vizinhos do Reino do Pineal. “Algo de estranho se passa por lá. Desde as buscas da polícia, há um mês, na propriedade que eles nunca mais vieram às compras”, resume M., comerciante, que não quis ser identificada. A mesma versão é relatada pela dona da mercearia concorrente, que também pediu o anonimato. “Eles já estavam ‘marcados’ com um carimbo desde a morte da criança de 14 meses, e tudo piorou com a rusga da polícia de há um mês”, confidencia.
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