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Sismo: como se faz um resgate? O número de mortes vai subir? A construção das casas aumenta o risco?

O Expresso pediu a dois especialistas da Proteção Civil que estiveram recentemente nos sismos da Turquia que nos explicassem como se processam as operações de resgate num cenário assim, quais as horas críticas para encontrar pessoas com vida e que tipo de dificuldades têm de ser contornadas para salvar pessoas

ABDELHAK BALHAKI

António Gandra assume que “o tempo é o pior inimigo”. O médico, que liderou a equipa de saúde que esteve destacada no último sismo da Turquia, integrada no socorro internacional que Portugal enviou, acrescenta que “as primeiras horas são fundamentais e é preciso triar quem tem mobilidade, primeiro enquanto decorrem as operações de busca e salvamento”.

O adjunto Pedro Sousa, especialista em busca e salvamento - e que também esteve na Turquia em operações de resgate -, aponta a construção marroquina como “complicada”. “O sismo atingiu a parte velha da cidade, edifícios de tijolos e alvenaria, com menos resistência, e mais suscetíveis a desabar”, diz.

O Expresso ouviu estes dois especialistas e tenta esclarecer as dúvidas sobre uma operação de resgate nestas condições. E também refletir sobre se Portugal está preparado para um processo assim.