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Lei do Tabaco é “cruzada” contra fumadores ou esse é um argumento de “três comentadores preocupados com a liberdade individual”?

O recuo do governo face à lei do tabaco é vivido com incompreensão pelos cientistas. Para José Pedro Boléo-Tomé, a lei que deputados socialistas apelidaram de “excessivamente proibicionista” está até atrasada e “a reboque da legislação europeia”. Mas o governo deixou cair a restrição da venda nas bombas de gasolina e lojas de conveniência. Agora o pneumologista perde a esperança no combate à iniciação ao tabaco - que em 80% a 90% se dá em adolescentes - e faz um retrato de um país incapaz de combater “uma pandemia”

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Não passou muito tempo entre o anúncio das novas restrições ao acesso ao tabaco e um recuo do governo relativamente a parte delas. Pelo meio, no espaço público, instalou-se uma discussão: o que vale mais, a liberdade individual ou a saúde pública?

Algumas críticas explanadas nos órgãos de comunicação social, incluindo de deputados socialistas que consideraram a proposta “excessivamente proibicionista”, fizeram o governo repensar e deixar cair a restrição da venda de tabaco nas bombas de gasolina e nas lojas de conveniência, com o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a considerar que a lei não podia ser “uma cruzada contra os fumadores”.