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Marcha do Orgulho LGBT no Porto: "pessoas de qualidade não temem a igualdade"

Ao ritmo de tambores, a Marcha do Orgulho LGBTI+ saiu às ruas do Porto com cartazes repletos de apelos por mais direitos e críticas a Rui Moreira. Mariana Mortágua acusou o presidente da Câmara do Porto de tentar “boicotar” a celebração

Os gritos de ordem da Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto ecoaram pelas ruas durante a tarde de sábado, com uma maré colorida de pessoas a mover-se ao som de música enquanto fazia passar a sua mensagem política. A luta pela causa era vocalizada em uníssono: “nem menos, nem mais, direitos iguais”, “o corpo não binário, é revolucionário”, “a nossa luta é todo o dia, contra o machismo, racismo e homofobia”. Das varandas que ficavam no percurso da marcha, uns mostravam olhares curiosos, outros tiravam fotografias, e havia ainda quem também dançasse.

A marcha deste ano foi marcada pela tensão entre a Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto (COMOP) e a Câmara do Porto. O COMOP fez um pedido de apoio para concretizar um arraial popular e requisição do espaço Largo Amor de Perdição. A organização disse que o pedido financeiro foi negado e a iniciativa foi remetida para a Alameda das Fontainhas. No entanto, o presidente da Câmara, Rui Moreira, disse que apenas apoiava a atividade se esta se realizasse no Parque do Covelo, dizendo que este local tem “todas as condições” necessárias. Não é este o entendimento da organização.