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Câmara não apoia arraial LGBTI+ no centro do Porto: organização fala num “bastião conservador”, Rui Moreira diz que há “instrumentalização”

A comissão organizadora da 18ª Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto (MOP) quer celebrar no próximo sábado no centro da cidade, na Alameda das Fontainhas, mas a autarquia não apoia o evento nesse local, mas sim no parque do Covelo, a quatro quilómetros de distância. Rui Moreira afirma que só poderão fazer no centro da cidade ao abrigo do direito à manifestação, sem apoio da câmara. A organização da marcha afirma estar a ser alvo de “invisibilização”, “desdém” e de “preconceito” por parte da autarquia de Rui Moreira

"Ricardo Coelho/PortugalGay.pt"

Falta menos de uma semana para a realização da 18.ª Marcha do Orgulho do Porto (MOP) e ainda não está decidido onde irá realizar-se o arraial deste evento, marcado para o próximo sábado, dia 8 de julho, com início às 15h, na Praça da República. A comissão organizadora desta marcha quer que a festa se realize no centro da cidade, na Alameda das Fontainhas, como afirmam ter negociado durante meses com a autarquia, mas o presidente da Câmara, Rui Moreira, afinal apenas apoia a atividade se for feita no Parque do Covelo, a quatro quilómetros de distância do centro do Porto e do local onde está previsto que termine a marcha.

“Esta é uma decisão política de apagamento e afastamento da comunidade LGBTQIA+. Não aceitamos a invisibilidade, e estamos a assistir a um retrocesso na cidade do Porto no apoio a estas causas.”, afirma Filipe Gaspar, um dos organizadores da marcha que recorda que no ano passado este evento realizou-se no centro do município portuense, no “Largo Amor de Perdição”, com todas as estruturas e apoio da Ágora, e contou com 15 mil participantes. No seguimento deste protesto, a Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto lançou, entretanto, uma petição 'online' a reivindicar que o arraial da marcha não saia do centro do Porto, que contou com 5701 assinaturas.