Incerteza e dúvidas quanto ao número de peregrinos, mas também divergências entre os organizadores: a um mês da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o plano de mobilidade, documento-chave para a organização do evento, mantém-se no segredo dos deuses, mesmo com a pressão a subir de todos os lados. E, quando alguém fala publicamente, as divergências ficam ainda mais claras. Por isso, a ordem dos últimos dias tem sido manter o silêncio.
O diretor nacional da PSP, Magina da Silva, causou alvoroço público, e dentro da organização da JMJ, há duas semanas ao anunciar um possível corte “total ou parcial” do Eixo Norte-Sul, em Lisboa, para estacionar autocarros de peregrinos. José Sá Fernandes, coordenador da equipa de missão nomeada pelo Governo e responsável pelo plano, apressou-se a desmentir a informação e a pôr água na fervura dos que protestavam contra o fecho de uma via estruturante da cidade.