‘O Gorila’, nickname do advogado João Lopes, intermediário entre o vice da câmara de Gaia, Patrocínio Azevedo, e dois empresários do imobiliário de luxo, foi claro na abordagem. Em troca da aprovação célere do Pedido de Informação Prévia (PIP) da autarquia para o projeto urbanístico Riverside, da empresa Fortera, seria necessário um extra. “É preciso adoçar a boca” ao número dois da autarquia. Paulo Malafaia, empresário que agia em parceria com o israelita Elad Dror, respondeu prontamente: “Vamos adoçar.”
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Operação Babel: “É preciso adoçar a boca” ao n.º 2 de Gaia, pediu o ‘Gorila’. E assim se passaram €99 mil num WC do Norteshopping
Patrocínio Azevedo recebeu mais de 140 mil euros em dinheiro e relógios suíços do Grupo Fortera e do empresário Paulo Malafaia. Segundo o MP, essa quantia pode ser ainda superior, pois houve entregas de dinheiro cujos valores não foram identificados pelos procuradores do Porto