Abdul Bashir estava a ter uma aula de português no Centro Ismaelita, em Lisboa, na última terça-feira de manhã, quando recebeu uma chamada telefónica. Atendeu, levantou-se, saiu da sala e quando voltou a ser visto já teria a faca na mão. A informação dada ao Expresso por colegas de turma é uma das pistas que a Unidade Nacional Contra-Terrorismo da PJ está a seguir desde o ataque com uma faca de grandes dimensões deste refugiado com 28 anos que matou duas funcionárias do centro e feriu gravemente um professor.
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Quem ligou a Abdul Bashir? O ataque no Centro Ismaelita foi premeditado ou houve surto psicótico? O que ia fazer à Suíça?
Afegão de 28 anos diz ter pedido ajuda aos serviços de asilo da União Europeia durante nove meses e nunca teve resposta das autoridades. PJ já inquiriu dezenas de pessoas e tem pistas sobre a razão da raiva acumulada nos últimos meses por Abdul Bashir, que já terá mostrado arrependimento do seu duplo homicídio. Os três filhos estiveram ontem a ser acompanhados no Centro Ismaelita por uma equipa de psicólogos e pela segurança social