Ao contrário da rapidez com que muitas espécies da vida selvagem vão ficando ameaçadas, a ciência que as estuda anda mais lentamente e os chamados livros ou listas vermelhas que as classificam consoante o estado do seu risco de extinção têm marcado passo. Na forja para sair em abril está o “Livro Vermelho dos Mamíferos”, 18 anos depois da publicação do “Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal”. Este documento permite trazer ao domínio público conhecimento sobre o estado de cerca de uma centena de espécies de mamíferos da vida selvagem, para que se possam definir estratégias para as conservar assim como aos seus habitats.
Neste livro — que resulta de um trabalho de colaboração entre a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), com o apoio contratado e voluntário de outras universidades e dezenas de investigadores — constata-se que “no conjunto há um agravamento das espécies com estatuto de ameaça”, adianta ao Expresso a coordenadora-geral do projeto, Maria da Luz Mathias. A bióloga e investigadora da FCUL lembra que a avaliação feita em 2005 não conseguiu recolher informação suficiente para avaliar o risco de extinção de cerca de um quarto das espécies avaliadas, mas que agora “sabe-se muito mais porque há mais investigadores a trabalhar no terreno e mais conhecimento”.
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