Há uma noite que Manuel Pinho tem dificuldade em esquecer. A 14 de dezembro do ano passado, o ex-ministro da Economia foi detido e levado para a esquadra da PSP em Moscavide, onde acabou por pernoitar numa cela, antes e depois de ser conduzido ao juiz de instrução criminal Carlos Alexandre, na sua qualidade de arguido do caso de corrupção da EDP. No dia seguinte, foi-lhe decretada uma medida de obrigação de permanência na habitação sob vigilância eletrónica, o nome técnico dado à prisão domiciliária com pulseira.
O prazo máximo para essa medida é de seis meses nas circunstâncias em que não há ainda uma acusação, mas foi alargado para um ano devido à complexidade do inquérito-crime de que Pinho é alvo. A acusação contra Pinho, em que lhe são imputados crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, ficou pronta um ano e um dia depois da detenção — e agora a defesa do ex-ministro quer levar esse facto até às últimas consequências.
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